“O DIÁRIO SELVAGEM” DE LUIZ PACHECO

“O DIÁRIO SELVAGEM” DE LUIZ PACHECO

O diÁrio selvagem luiz pacheco

O meu amigo José do Carmo Francisco, na edição de 13 de junho de 2025 do Correio do Ribatejo, assinala na passagem do centenário do Luiz Pacheco a publicação de uma obra necessária em 2024. Trata-se de O Diário Selvagem” , publicado pela Língua Morta. Está dado o aviso !

“Organizado por Nuno Azevedo e Nuno dos Santos Sousa, este volume de 347 páginas (editora Língua Morta, capa com foto de JPG) regista entradas do diário de Luiz Pacheco entre 17-6-93 e 21-12-93, todas escritas em Setúbal. A advertência dos organizadores surge na página 6: «não se trata aqui de uma edição crítica, tratando-se até de uma edição parcial, jamais definitiva». Outra advertência é de António Cândido Franco na página 22: «Estou convicto de que não se pode perceber o núcleo capital do mundo pachecal sem o recurso ao seu diário». A terceira advertência vem do autor do diário (Luiz Pacheco 1925-2008) no dia 17-6-93: «Asneira e grande será o Paulo publicar o meu diário». Mais do que falar de si, o autor escreve e inscreve no diário uma longa refl exão sobre Portugal; começa com a carta de 18-21877 de Herculano (a vida nacional «dá vontade de morrer») continua com «Terra medieval, é com métodos medievais que se inutilizam aqui todos os esforços renovadores inda os mais desinteressados, inda os mais puros» e conclui sobre Raúl Proença «Proença de fosse vivo tinha de estar calado; os integralistas de hoje não o deixavam piar». Nota final: na página 53 o nome será Paula Morão e não Marão. Um livro a não perder, sem dúvida. JCF “

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